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Sofia Andrade

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Outubro 7, 2020

Verónica decide…escolher

Nascemos, crescemos, amadurecemos, envelhecemos e morremos…Este é o
ciclo da vida que ouvimos falar e queremos acreditar que vai ser assim!

Dizemos aos nossos filhos:

“Vou estar contigo até ser muito velhinho(a), vou ver-te crescer, celebrar as
tuas conquistas, amparar as tuas quedas, dar-te colo e vou ser a primeira a dizer vai, segue os teus sonhos, que eu estou aqui!”

No entanto, a vida é a mais perfeita das imperfeições e às vezes prega-nos
partidas. Nem sempre aquilo que é natural e expectável ocorre da forma como desejamos!

“E quando um filho nos é roubado”?
“Como ficam os nossos desejos, sonhos, expectativas?”
“Que é feito da esperança e do sentido de viver?”

É o mais duro golpe no paradigma em que aprendemos a acreditar, é uma
experiência que contraria o ciclo normal da vida e este artigo é dedicado a
todas as Verónicas (que representam mães e pais) que perderam os seus
filhos e tem como desígnio orientar, ajudar aqueles que passaram ou estão a passar por este processo de luto.

A Verónica (nome fictício) perdeu a sua filha de 18 anos, numa noite e, de forma repentina.

Um diagnóstico fatal de leucemia…. Bateu à porta desta família que, sem estar preparada, sem se despedir, sem saber o que realmente aconteceu ou que poderiam ter feito viram a sua vida mudar tragicamente.

A Verónica procurou ajuda e apoio psicológico 2 meses após a perda da filha precisava:

  • de ser escutada;
  • de viver a sua perda;
  • de chorar sem ter que conter as lágrimas e a tristeza que lhe invadiam a
    alma;
  • de ser a mãe vulnerável, frágil consumida por uma dor atroz que, no dia
    a dia, mascarava para proteger o marido e o filho!
  • de expressar a sua raiva perante certos e determinados comentários
    que em nada a ajudavam!

Sentia-se impotente, zangada, insegura, deprimida, cansada física e emocionalmente, a alegria tinha desaparecido da sua vida, perdera o interesse pelas coisas que antes fazia com vontade.

Sentia-se preocupada com o marido que pouco expressava a sua dor e
tristeza, mas que sabia estar a sofrer muito! Com o filho que evidenciava
comportamentos preocupantes.

Sentia que precisava de respostas e questionava-se dolorosamente:

“Como é que isto me aconteceu?
“Porquê a mim?”
“Será que podia ter feito algo para evitar?”

Todos estes sentimentos acabaram por se acumular num estado mental que só podia descrever-se como dor mental prolongada: A Verónica alternava
sentimentos de vazio e desespero, por um lado, com a sensação de confusão
pelo outro.

Existem evidências empíricas que a maior parte das pessoas sentem
necessidade de falar acerca dos seus acontecimentos de vida, inclusive os que se relacionam com a perda de alguém significativo (Rime, Mesquita, Philippot & Boca, 1991).

O processo de narrar o episódio, de atribuir significado às emoções e pensamentos é por si só terapêutico…

… e pode ser usado para entender as mudanças ocorridas em relação à percepção da sua experiência de luto (Maercker et al., 2008), evitando, o stress pós-traumático a médio-longo prazo.

Um estudo que envolveu variáveis de carácter psicossocial, como as relações interpessoais e a sua qualidade (no sentido de facilitar a partilha da experiência traumática com outros significativos) verificou numa amostra de 128 mulheres que perderam o filho, que as mulheres que evitavam falar sobre o evento traumático tinham maiores dificuldades adaptativas a longo prazo.

Pelo contrário, as mulheres que falavam livremente da sua perda apresentavam um processamento cognitivo e emocional mais efetivo e uma melhor adaptação (Lepore, Silver, Wortman & Wayment, 1996).
Estes resultados parecem explicar a necessidade de falar sobre o
acontecimento traumático, de exteriorizar as suas emoções e fazer
escolhas de coping mais adaptativas à situação vivenciada.

E foi o que fez a Verónica, que decidiu escolher…

Escolher continuar a viver, tendo, no entanto, consciência de que tudo mudara e que a saudade é a única palavra portuguesa que não tem tradução, sente-se na alma!

Este artigo foi escrito por mim e pela Verónica, que aceitou, com uma coragem que admiro, o desafio de falar sobre o acontecimento mais difícil da sua vida!

O próximo será muito especial! A Verónica vai partilhar, na primeira pessoa, o que a ajudou a “agarrar” a vida!

Arquivado em:Psicologia clínica Marcados com:Escolhas, Intervenção psicológica, Luto, Luto filhos, Narrativas, Psicologia, Testemunhos

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