Na hora de escolher!
De tomar um decisão importante na tua vida!
Esta é a primeira pergunta que faço em processos de orientação vocacional e de carreira e não só, até mesmo em processos psicoterapêuticos.
Quando chega o momento de decidir algo para nós: Há que parar…parar para ganhar tempo e pensar.
Pensar em…Quem sou eu? O que sei? O que gosto de fazer? Para onde quero ir?
Parar também para pensar: O que não gosto e não quero fazer?
E esta é uma questão muito importante porque permite direcionar, de um modo muito mais seguro e focado, para aquilo que queremos e gostamos!
Alguns dias atrás recebi um telefonema de alguém que queria os serviços do Carreira GPS – Gestão de Pessoas para o Sucesso, um programa de orientação vocacional e de carreira que trabalha ao nível dos 4 principais eixos de gestão de carreira:
- O desenvolvimento pessoal;
- O incremento de competências;
- O planeamento e estratégia ao nível da definição de objetivos e desenvolvimento de ferramentas de marketing pessoal e profissional;
- A comunicação.
A pessoa do telefonema disse-me que tinha terminado o curso de gestão, aproximadamente há 3 anos, que tinha realizado vários estágios e experiências na área, mas que percebeu que esta área, este curso não era para ela. Não é o que lhe faz brilhar os olhos!
Explicou ainda que o escolheu para manter a tradição familiar, uma família conhecida de bancários e que por isso, por não querer desiludir a sua família, por ser boa a matemática arriscou e pensou: “Pode ser que me apaixone pelo curso!”
Mas isso não aconteceu!
Na sessão individual consegui compreender 3 erros que aconteceram com esta jovem, e que agora partilho contigo para que possas refletir no momento de escolher uma área vocacional ou no momento de procurares novos projetos profissionais.
1 erro
Não realizar um processo de orientação vocacional com um psicólogo especialista em orientação vocacional e de carreira.
Esta pessoa não fez um processo de desenvolvimento vocacional, que não é mais que um processo de construção narrativa, progressiva acerca dos conhecimentos dos seus pontos fracos/ fortes, aspirações e objetivos pessoais, que não pode realizar-se de uma só vez, mas que idealmente deve ser construído de um modo progressivo, sistemático e intencional ao longo da vida. Permite que a pessoa possa reavaliar-se, explorar a sua nova situação e tomar decisões mais esclarecidas.
2 erro
Tomar uma decisão vocacional e profissional com base na “pressão dos outros”.
O que queres ser quando fores grande?
Desde crianças que nos fazem esta pergunta…há quem queira ser astronauta, bailarina/o, médico/a e professor/a. No entanto, na hora de decidir, de fazer uma escolha vêem-se limitados não só pela sua própria dificuldade em decidir, mas, muitas vezes, pela pressão de amigos e da própria família.
Mais uma vez reforço que a ajuda, o apoio vocacional com profissionais especialistas é de extrema importância para apoiar o/a jovem no processo de tomada de consciência sobre si próprio/a, na transmissão de segurança no ato de escolher e a não ter medo de arriscar.
Em relação a não ter medo de arriscar partilho convosco a decisão de uma aluna do 12º.ano que, no final do secundário, disse aos pais: “Mãe, pai, eu sei que não vão gostar, mas eu não quero ir já para a universidade, quero fazer um gap year (https://gapyear.pt/) e preciso muito que me apoiem nesta minha decisão!”
Após um ano em contacto com um programa de desenvolvimento pessoal, de desenvolvimento de competências, de contacto com uma nova cultura e novas pessoas veio muito mais, como ela própria diz: “crescida e desperta” para agora sim, fazer uma escolha consciente para a sua carreira profissional.
3 erro
Parar de investir na formação e no desenvolvimento de competências pessoais e profissionais.
A formação contínua, as experiências devem cada vez mais serem valorizadas!
Muitas vezes deparo-me, em processos de gestão de carreira com pessoas que me dizem:
“Tenho que tirar uma pós-graduação, mas não sei qual!”
“Tenho que tirar uma pós graduação, mas não tenho dinheiro neste momento e isso trava-me na procura de ofertas de emprego porque acho sempre que não vou conseguir!”
É exatamente aqui que partilho a importância de parar…parar para pensar que outra alternativa a pessoa tem para continuar a investir na sua formação contínua, atualização no mercado e, consequentemente, continuar a lutar e não deixar que o brilho nos olhos deixe de existir.
É aqui que entra a importância de procurar palestras, workshops gratuitos, cursos online, participação em feiras de emprego e de empreendedorismo, seguir páginas de temas de interesse, fazer uma visita à Cidade das Profissões.
É aqui que entra também a questão que, particularmente, gosto muito de explorar com jovens à procura do 1º. emprego que me dizem que não sabem o que escrever no currículo porque não têm experiência nenhuma
“Qual é o teu lado B?”
O lado B é simplesmente tomar consciência de todas as experiências que já tiveste, por exemplo: part times nas férias, trabalhos que desenvolveste, hobbies, viagens, voluntariado, participação em grupos de jovens, desporto, música…que te permitem adquirir, desenvolver competências que vão ajudar-te a definir a tua proposta de valor.
E é neste ponto que o processo de orientação vocacional e de carreira desta pessoa que me inspirou a escrever este artigo está!
Conceitos como: Lado B, proposta de valor, autoconsciência, definição de objetivos, plano de ação, visão e foco são extremamente importantes neste processo de orientação vocacional e de carreira.
E é nestas premissas, e nas que já foram mencionadas anteriormente, que o projeto Carreira GPS – Gestão de Pessoas para o Sucesso orienta as pessoas para uma escolha mais segura, consciente e responsável!
Photo by Marina Vitale on Unsplash