• Skip to main content
  • Saltar para o rodapé

Sofia Andrade

online

  • Início
  • Sobre mim
    • Psicologia Clínica
    • Coaching de Carreira
    • Formação e Consultoria
  • Blog
  • Entra em contacto

Outubro 12, 2020

À procura de um sentido… para aprender a viver de novo

“Como é que isto me aconteceu?
“Porquê a mim?!”
“Será que podia ter feito algo para evitar?”
“Como vai ser daqui para a frente, como vou conseguir viver sem ela?”

“Uma colega sua falou-me do trabalho da Sofia, disse que podia ajudar-me!”

Quando iniciei o processo psicoterapêutico com a Verónica (nome fictício) as questões que continuamente lhe ecoavam na mente eram estas.

O objetivo deste artigo é procurar dar respostas, sustentadas com a investigação científica acerca destas questões e do tema: O luto de um(a) filho(a). No entanto, para uma melhor compreensão desta informação que é
apresentada agora, recomendo a leitura do anterior.

O processo psicoterapêutico com a Verónica decorreu durante mais de um ano e quando entrei em contacto com a mesma para a desafiar a ajudar-me a escrever estes artigos verifiquei o quanto está diferente…a dor continua, mas de uma forma muito mais aceite, com a alma cheia de um amor incondicional que ultrapassa qualquer barreira ou distância física, que dá lugar a uma dimensão espiritual muito mais consciente e presente!

Questões emocionalmente difíceis de responder…

Perder um filho é o “golpe mais dilacerante” de todos e requer dos pais um
ajuste emocional para enfrentar a situação individual, mas também as
alterações da dinâmica familiar. “A morte de um filho altera o equilíbrio familiar.

Há diferentes reações entre os membros da família. A mãe, pode, frequentemente, sentir-se culpada por ter falhado nos cuidados maternos, que podem ter contribuído para a morte do filho.” (Lazare, 1997, citado por Freitas, 2000) e autoquestiona-se.

Sobre esse sentimento de culpa, que é comum entre as mães enlutadas, Gibbon, (1997, citado por Freitas, 2000), refere que, muitas vezes, a culpa é tão intensa que a mãe assume a responsabilidade pela morte gerando, assim, manifestações hostis que podem ser dirigidas ao marido (sobretudo, se ele não foi um pai presente), ou alguém que foi hostil com o filho.

A Verónica refere que o apoio da família e amigos foi muito importante para superar os primeiros momentos de dor:

“Percebi que não podia ter feito nada para evitar a perda e que as lembranças ficarão comigo para sempre! A ferida ficará para sempre, mas agora de uma forma mais ténue. Apesar da curta vida que viveu, a mesma foi intensa e com muito amor e que ela fez a diferença entre a família e os amigos, deixou a sua “marca”.

As investigações científicas em relação ao género, confirmam que as mulheres (mães) apresentam maiores estratégias de coping do que os homens, apesar da diferença não ser significativa. Este resultado é corroborado com a investigação de Barros, que afirma haver uma maior predisposição por parte do sexo feminino (Barros, 2002, citado por Barros e Neto, 2004) e também vai ao encontro do estudo de Gibbon, (1997, citado por Freitas, 2000), onde afirma que a perda de um filho aciona uma série de mecanismos no sentido de restabelecer o equilíbrio nas diferentes áreas de vida da mulher.

“Decidi ter acompanhamento psicológico para me ajudar a lidar com o
pesadelo, a lidar com a sensação de impotência e para poder desabafar e
chorar num espaço só meu, reservado, sem demonstrar aos outros o que ia cá dentro!”

“Todo o processo inicial foi muito doloroso , por vezes achava que era um
pesadelo e que tudo ia voltar para trás, queria muito pensar que nada tinha
acontecido, mas as consultas ajudavam a manter a realidade e a aprender a
lidar com ela e recordar todos os momentos bons que tínhamos vivido e o quanto ela era querida por nós.”

“O dia do funeral marcou-me imenso tudo parou a volta do que tinha
acontecido, todos lhe prestaram uma última homenagem, todas aquelas capas negras no chão…Foi pena ter sido pela razão que foi! Tive de ser forte, ganhar coragem e lutar pela família que ainda tinha comigo, precisávamos uns dos outros!”

O luto poderá ser atenuado através de diversos fatores e dos mecanismos de
coping, que são estratégias cognitivas e comportamentais utilizadas pelas
pessoas para fazer face a situações internas e/ou externas que são percebidas como excedendo a capacidade de utilização dos recursos pessoais disponíveis e aprendidos ao longo da vida.

A Verónica recorreu à terapia e recorreu a “Outros significados,
simbolismos e coisas onde me agarrei com força para me aguentar!”

“À carta que um amigo da minha filha me escreveu. Ajudou-me a acreditar que ela era querida, importante na vida deste jovem e que estaria feliz, sempre que lia a carta chorava muito, mas sentia uma paz interior muito grande!”

“Comecei a investir na minha dimensão espiritual, através da meditação e o Yoga”

“Fiz questão de celebrar as datas especiais, por exemplo, no aniversário dela, fizemos algo simbólico, junto das pessoas que lhe eram próximas!”

“Resolvi fazer uma mudança de função na minha empresa, para me sentir mais liberta e com mais tempo para dedicar a mim e aos meus e saiu-me um peso nas costas!”

“Escolhi lutar pela família que ainda tinha, um marido e um filho que precisavam de seguir em frente!”

Conselho a todas as Verónicas (pais e mães que perderam o(a)
seu(sua) filho(a)!

A Verónica escolheu VIVER… muito mais do que simplesmente existir!

Ela escolheu fazer mudanças na sua vida
Escolheu conhecer outras realidades e experiências
Escolheu acreditar que a filha é agora uma estrela que tem a olhar por ela!

“É sem dúvida a minha Estrela que me ajudou e ainda ajuda todos os dias, a
dar-me a força e a coragem que lhe tinha ensinado! E é essa mesma força e
coragem que me ajuda ainda neste momento. Recordo sempre o seu sorriso maravilhoso!
”

“Todos os dias ela está presente em mim, todos os dias vejo a beleza dela na
beleza das coisas mais simples da vida…ainda choro, sim ainda choro, mas o tempo ajuda e o amor incondicional que um pai sente por um filho esse…esse nunca morre!”

Se ao leres este artigo identificas ou reconheces “uma Verónica” (mãe, pai) que possa estar a precisar de ajuda e apoio psicológico, posso ajudar-te a ajudar!

Photo by Eutah Mizushima on Unsplash

Arquivado em:Psicologia clínica Marcados com:Escolhas, Intervenção psicológica, Luto, Luto filhos, Narrativas, Psicologia, Testemunhos

Footer

Segue-me

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn

Contactos

917105480

Av. de Sousa Cruz, Centro Comercial Galáxia Sala 12, 3º Andar
4780-365 Santo Tirso

Newsletter

Eu concordo que Sofia Andrade entre em contacto comigo através de email, para me informações sobre Psicologia e Coaching de Carreira. Concordo que, para esta finalidade, Sofia Andrade guarde o meu nome e email até que eu exerça o meu direito de sair.
Eu concordo que as informações fornecidas em exclusivo a este site sejam armazenadas e processadas com o propósito de comunicação de marketing.
Tomei conhecimento que os meus dados não serão fornecidos a outras entidades, com excepção do serviço utilizado para gerir as comunicações de marketing.

Política de privacidade

Copyright © 2022 · Desenvolvido por: Kaksi Media

Este site usa cookies ACEITAR, saiba como eliminar cookies Ler mais Definições de CookiesACEITAR
Privacidade & Política de Cookies

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Desses cookies, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados no seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de desativar esses cookies. A desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
Necessary
Sempre activado

Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.

Non-necessary

Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.

GUARDAR E ACEITAR